terça-feira, 26 de agosto de 2014

Amando com Propriedade

Eu vivi muitas experiências bacanas morando só, acho que a mais importante foi aprender sobre o amor. O amor próprio, aquele que te coloca no lugar mais alto da vida, onde seu sorriso é esperado em cada esquina, onde as pessoas simpatizam com você sem fazer muito esforço. O amor próprio ele é iluminado.
O desafio de morar só está em você se sentir bem passando horas e horas com você mesmo. É apreciar um filme no sábado, é saborear a própria comida, é experimentar, testar , criticar e ter que aceitar suas próprias críticas. Eu acho que até hoje me  cobro demais.
Aprendi a apreciar o silêncio. Como é gostoso o barulho do silêncio. Antes gostava de opinar , falar o que pensava. Aprendi uma técnica boa, me calar. Tinha momentos que só queria chegar em casa e ficar no quarto em paz, esperando a raiva , a mágoa passar. Gostei dessa técnica,  acabo brigando menos e sabe a pessoa que você não quer atingir com suas palavras, acaba sofrendo com o seu silêncio, acredite, o silêncio muitas vezes me incomoda.

Não quero confundir o leitor falando que viver sempre só é bom. Não é.  Fique doente e veja que não dá pra viver sozinho sempre. Falo da solidão saudável , onde você fica feliz em uma festa com vários amigos, mas também curte  ficar “de boa” , desconectado com vida social e ter lazer com você mesmo.
Tem pessoas que se pudessem tinham alguém do lado, até na hora de fazer o número 2. Hoje na verdade , com a moda dos selfies, até esse momento é compartilhado, mas por favor não me marquem.
Quantos verbos hoje consigo conjugar sozinho: Ler, assistir TV, correr, malhar, escrever, cozinhar, rir, conversar, sim,converso até com os abjetos de casa. Gosto de ver fotografias velhas , lembrar de bons momentos e rir. Dançar? Ah, se meu espelho falasse. Só não canto, já me convenci de que não dá.
É nessas horas que o amor  próprio está todo preenchido em você que é bacana aparecer um amor, não pra completar , mas para transbordar. E ele aparece, porque felicidade atrai gente bacana e ai você embarca. Mas desse amor , falaremos nos próximos capítulos.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Se você não ler eu vou contar para sua mãe!


Vivemos uma eterna contradição: quando somos adolescentes queremos ser adulto e quando somos adultos nos divertimos quando temos comportamentos de criança.

Lembro um dia que todos os meus amigos da escola estavam indo para praia disputar um torneio de voley. Meus pais não deixavam eu sair nessa época. Eu tinha 15 anos.  Muito cuidadosos resolveram  pedir um taxi para me levar. Chorei muito porque queria ir de ônibus como todos os meus amigos. Imagine? A minha independência dependia de um passeio dentro de um ônibus lotado. O que a turma iria pensar se eu chegasse de taxi? Resultado: dispensei o taxi. Meus pais atenderam a minha vontade desde que meu irmão mais velho me levasse de ônibus. E assim foi.

Três anos depois estou eu na faculdade, de ônibus em ônibus, caronas na estrada para economizar um vale transporte. Quem dera meu pai mandasse eu ir e voltar de taxi para a faculdade. Aquele sol batendo na testa, acabando com todas as teorias que desodorantes duram 24 h. Acho que  quem fez os testes de desodorante, hoje até 48h de duração, deve ficar dentro da sala com ar condicionado e nunca pegou um ônibus. Em relação a pedir carona, sempre ia acompanhado de minha amiga Lia. A presença feminina passava mais segurança aos motoristas. Pensar que até na boleia de um caminhão andei.

O lado criança acho que me acompanha até hoje. Meus amigos que conheci durante a vida não me ajudaram a ser diferente. Lembro-me de todas as festas temáticas que criávamos: Festa à fantasia ,  festa junina,  brega, todo mundo veste verde. Meus aniversários? Um foi surpresa , quando cheguei em casa estavam todos vestidos com roupas de criança. O outro foi da Hello kitty porque meu amigo achava que era um tema unissex. Minha família também não foge dessa farra, meus aniversários até hoje tem lembrancinhas. Minha mãe aproveita os poucos momentos que estou em casa para fazer homenagens legais.

Quando vejo as crianças tentando se comportar como adultos, experimentando tão cedo os vícios, uma vida louca, o sexo, não sinto admiração , sinto pena. Admiro quem vive cada época no seu tempo quem se permite ser mais criança do que adulto.  Não sinto vontade de voltar a infância, apenas curto meus momentos de descontração e loucura onde me permito ainda ser criança. Às vezes repito brincadeiras como esconde-esconde, pega-pega com todas as regras necessárias. Levo muito a sério as brincadeiras.

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