Escolhi
esse tema pra falar dessas novas amizades em Ilhéus. Esse foi um dos melhores
livros que li até hoje. Para mim, fala de amizade , de companherismo. Não
importa aonde você esteja, amigos sempre são importantes e chegam sem avisar.
Comecei
a trabalhar no posto de informação ao turista dentro de aeroporto. Seria um
trabalho tranquilo se eu conhecesse a cidade de verdade. Foi ai que Dinho
entrou em cena. Ele trabalhava na
locadora ao lado do guichê de informações, então toda vez ele me ajudava.
Como
trabalhávamos à noite. Logo depois do trabalho íamos juntos batendo papo. Ganhei
meu primeiro amigo de Ilhéus. Em seguida, o San tinha colegas de sala que
frequentavam a casa, dentre eles o Mário, era vizinho. Passei a conhecer
também.
Certo
dia eu chamei Dinho e Mário para jogar dominó lá em casa. Precisava de novos
amigos. Eles vieram e convidaram o Peu. Pense em uma grande sintonia. Bebemos,
jogamos dominó, rimos e todos dormiram lá.
Formamos
o grupo das quartas. Como esse encontro aconteceu em uma quarta-feira passamos
a dedicar esse dia aos encontros. Claro que como morávamos perto, passamos a
nos ver sempre. Mas quarta era sagrada!
No
mesmo período, em uma das saídas, chegaram Tai e Jacq. Com o carro lotado fomos
dar uma volta na cidade.
Tem
coisas que só Deus explica. Eles tinham tudo a ver comigo. A gente ria das
mesmas coisas , brincávamos , criávamos festas, passeios na cachoeira e sempre
era legal.
O
carro lotado, corríamos a cidade atrás de diversão. Parávamos o carro na rua,
ligava o som e dançava. Não recomendo ver a lua em condomínio fechado. Nesse
dia a polícia apareceu para dar o baculejo nos capitães , mas não tínhamos nada
ilegal. Só estávamos realmente apreciando a lua em um condomínio fechado.
Acredito
que essa foi a fase que mais consegui criar raízes no local. Foi a fase que
conseguia ficar mais tempo sem visitar minha família. Era uma sensação boa de
novos amigos, de sintonia de alegria, me sentia bem com eles. Considerando que
ficar sem ir a minha casa , significa ir uma vez por mês. Mas quando não dava
pra ir, não sofria tanto como antes.
Esses
capitães até hoje estão presentes em minha vida. Cada um em um canto do mundo,
mas presente nas lembranças e na certeza que quando houver encontro , haverá
farra, porque como dizíamos no fundo do carro lotado: eta, eta eta o fundão
bota pocando!