Estava
cansado da rotina de Itabuna. Faculdade, academia, casa, shopping ou casa de
amigos da faculdade fim de semana.
Mudar
é um dos verbos que conjugo até hoje. Acredito que quando as coisas não estão
lhe preenchendo, é necessário mudar.
Sou
daqueles que apoiam um novo corte de cabelo, uma pintura na casa, mudar de
cidade ou qualquer mudança que esteja ao seu alcance.
Mudei.
Ilhéus era uma cidade que eu não achava atraente porque considerava mais longe
da faculdade. Iria trocar meus 15 minutos de ônibus até a faculdade, por 45
minutos. Porém , mudei. Não sou do tipo de Gabriela que nasceu assim e cresceu
assim.
Fui
morar em uma nova Republica com Buga e San. O primeiro era meu colega de
faculdade, amigão. San eu não conhecia muito e soube que a primeira impressão
dele sobre mim em uma visita a eles, não tinha sido das melhores. Ele me
explicou que cheguei com ar de tirado e
nem falei direito com ele.
Mas
impressões podem ser mudadas ...novamente eu falando em mudança. Mas essa
palavra é muito presente na minha vida de verdade.
San
tocava violão, eu cantava e dançava. Nunca tive talento para tal profissão, mas
tudo acabava em muito riso. A má impressão ficou de lado.
Buga
era meu irmão. Muito organizado, diferente de mim, mas uma pessoa maravilhosa.
Fácil de conviver. Sempre falo que se colocasse Buga pra morar em uma caixa de
fósforos ele conseguiria ser feliz, arrumar uma palita e ser amigo dos palitos.
Uma pessoa simples, que consegue se adaptar muito bem a tudo, até mesmo as
minhas bagunças.
Viramos
uma família de verdade. Sentia-me muito feliz com eles. Como Buga estagiava, eu
fazia a comida pela manhã.
A
rotina nossa era bem divertida e amistosa. Assistíamos filmes, almoçávamos ou
jantávamos juntos. Sempre havia programação! Faltou luz? Vamos brincar de
esconde-esconde!
Para
complementar fiz amizade com os moradores da redondeza, isso no processo de
adaptação ajudou bastante.
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