quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mudança à vista: Ilhéus


Estava cansado da rotina de Itabuna. Faculdade, academia, casa, shopping ou casa de amigos da faculdade fim de semana.

Mudar é um dos verbos que conjugo até hoje. Acredito que quando as coisas não estão lhe preenchendo, é necessário mudar.

Sou daqueles que apoiam um novo corte de cabelo, uma pintura na casa, mudar de cidade ou qualquer mudança que esteja ao seu alcance.

Mudei. Ilhéus era uma cidade que eu não achava atraente porque considerava mais longe da faculdade. Iria trocar meus 15 minutos de ônibus até a faculdade, por 45 minutos. Porém , mudei. Não sou do tipo de Gabriela que nasceu assim e cresceu assim.

Fui morar em uma nova Republica com Buga e San. O primeiro era meu colega de faculdade, amigão. San eu não conhecia muito e soube que a primeira impressão dele sobre mim em uma visita a eles, não tinha sido das melhores. Ele me explicou que cheguei com ar de tirado  e nem falei direito com ele.

Mas impressões podem ser mudadas ...novamente eu falando em mudança. Mas essa palavra é muito presente na minha vida de verdade.

San tocava violão, eu cantava e dançava. Nunca tive talento para tal profissão, mas tudo acabava em muito riso. A má impressão ficou de lado.

Buga era meu irmão. Muito organizado, diferente de mim, mas uma pessoa maravilhosa. Fácil de conviver. Sempre falo que se colocasse Buga pra morar em uma caixa de fósforos ele conseguiria ser feliz, arrumar uma palita e ser amigo dos palitos. Uma pessoa simples, que consegue se adaptar muito bem a tudo, até mesmo as minhas bagunças.

Viramos uma família de verdade. Sentia-me muito feliz com eles. Como Buga estagiava, eu fazia a comida pela manhã.

A rotina nossa era bem divertida e amistosa. Assistíamos filmes, almoçávamos ou jantávamos juntos. Sempre havia programação! Faltou luz? Vamos brincar de esconde-esconde!

Para complementar fiz amizade com os moradores da redondeza, isso no processo de adaptação ajudou bastante.

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